É habitual ouvir-se dizer que se
treina mas que não se tem resultados ou eles são ligeiríssimos algum tempo de
iniciar a prática do exercício físico, levando ao consequente abandono da mesma
quer seja no ginásio quer seja ao ar livre.
No meu ponto de vista, esta
temática tem um aspecto decisivo que as pessoas não têm conta quando treinam
que é sair da zona de conforto, associando este ponto à regularidade do treino
e a sua execução técnica.
Qualquer que seja o objectivo
que se pretende atingir (hipertrofia, aumento da força ou perda de peso) deve
cumprir estes três factores referidos.
Para que haja adaptação a nível
neurológico, cardiovascular ou muscular ao treino, que funciona como estímulo,
é necessário que seja aplicado com frequência e não longe a longe pois os
efeitos serão inexistentes.
Contudo devemos ter sempre em
atenção que somos todos diferentes e a grande vantagem está na capacidade de
“medir” bem a dose do treino e saber qual será a frequência e a intensidade
necessária para alcançar resultados.
Associado à regularidade dos
treinos, o ponto fulcral é sair sempre, em cada treino, da nossa zona de
conforto.
Quando realmente sentiu dor
muscular?
Há quanto tempo não sente nenhum
desconforto?
Fazendo estas perguntas muitas pessoas
provavelmente responderiam no início da prática desportiva e desde aí nunca
voltaram a sentir o mesmo.
Sair da zona do conforto é nada
mais, nada menos do que ir além dos nossos limites, exigir de nós aquilo que já
parece não conseguir-mos fazer devido ao cansaço.
Esta saída da zona de conforto
varia de pessoa para pessoa. Para uma pessoa sedentária pode ser apenas 10
minutos num tapete, para outra pode ser mais duas séries em cada exercício,
para outra pode ser fazer uma série sempre com ajuda do instrutor, sempre com o
objectivo de melhorar.
Na verdade, apesar de existir
uma frequência no treino, este deve ser exigente, duro e difícil e criar dor,
pois, caso contrário, o corpo não criará a adaptação desejada nem se modificará
do ponto vista funcional nem estético.
No meu ver, este ir mais além
daquilo que podemos permiti-nos tolerar cada vez mais os treinos e aquilo que
era difícil antes, agora é fácil, possibilitando aumentar a intensidade e a
exigência.
Dando um exemplo prático, penso
que o programa “Peso Pesado” é um exemplo vivo daquilo que referi
anteriormente.
Porventura, a principal mensagem
que passam para fora é que para se atingir resultados, o processo (treino) tem
que ser duro, forte, difícil, insuportável, com dor, mas o produto (resultados)
são gratificantes.
Exercício Físico, a auto-estrada
para uma vida saudável.

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