PSICOLOGIA
DO DESPORTO:
O
QUE É E PARA QUEM SERVE?
Será importante distinguir em primeiro
lugar, a onde se encontram dois grupos distintos, as diferenças entre exercício
físico e desporto.
Exercício
físico - actividade física planeada, estruturada repetitiva
cujo objectivo é adquirir, manter ou melhorar um ou mais componentes da forma
física e psicológica.
Como exemplo:
Numa acção
correr, temos uma actividade física como correr para apanhar o autocarro e ao
correr 3 dias por semana durante 45 min, entramos no exercício físico.
Numa acção levantar um peso, a actividade física
poderá ser levantar 1 garrafão de água, se o objectivo for aumento de massa
muscular, estamos já no exercício físico.
Sendo
diferente de,
Desporto - actividade física e intelectual de natureza
competitiva governada por regras institucionalizadas.
Como
exemplo:
Nas mesmas acções do exercício, encontramos
as seguintes diferenças:
Correr
– correr numa competição.
Levantar
um peso – participar numa competição de halterofilismo.
A Psicologia do desporto e do exercício
físico consiste no estudo científico e do acompanhamento das pessoas envolvidas,
a onde se verifica os factores psicológicos associados à participação na sua
actividade, no seu desempenho e nos seus objectivos. A regulação psicológica de
actividades, por parte de uma ou mais pessoas, estará presente como sujeito(s) activos.
Esse objectivo será perceber como é que os
factores psicológicos afectam o rendimento físico dos indivíduos e como é que a
participação no desporto e no exercício físico afecta o desenvolvimento
psicológico, a saúde e o bem-estar das pessoas.
Intervenção:
Aquisição de competências: simulações práticas, técnicas de treino, processos
de aprendizagem, aprendizagem observacional, processamento da informação.
- Jovens: períodos óptimos de aprendizagem, experiências
ideais, influências dos treinadores/pais, influências maturacionais,
motivações, abandono/desistência, aspectos ligados ao género.--
- Melhoria
do rendimento: rotinas de
preparação mental, imaginação/visualização mental, atenção/concentração,
auto-estima, auto-confiança, atribuições causais, formulação de objectivos,
activação/ansiedade.
- Consulta
psicológica:
confronto/lidar com problemas, lesão e dôr, depressão, abuso de drogas, desordens
de alimentação, fim da carreira, desordens de ansiedade, comportamentos
desajustados, deficiências.
- Dinâmica
de grupos: produtividade, moral e
coesão, estilo de liderança, processos de interacção, dimensões sociais, efeito
dos espectadores/audiência.
- Bem
estar: motivação para o
exercício, adesão, benefícios psicológicos, qualidade de vida, auto-percepção.
Não podemos deixar de falar nos Mitos
que existem, quando se fala de intervenção Psicológica no desporto.
- É só para atletas “problemáticos”,
- É só para atletas de elite,
- Fornece soluções milagrosas,
- O melhor psicólogo é o treinador,
- O psicólogo deve ter praticado o desporto em que
trabalha,
- Antes não existiam psicólogos,
- O psicólogo retira protagonismo ao treinador,
- Saber o que é preciso fazer é quanto basta,
- O treino mental não necessita do mesmo tempo nem do
mesmo esforço que o treino físico,
- Não é útil.
Em estudos realizados, estes
factores estão presentes numa percentagem de atletas de alta competição como no
praticante de exercício físico regular. Em que “Nalguns atletas são os joelhos,
os ombros ou as costas, mas talvez o mais negligenciado entre nós seja ainda a
cabeça”(Gonçalves, 1996).
A onde o
Psicólogo não passa de Pessoa discreta, colaborador do treinador, com
estratégias Educativas, Clínicas, Psicofisiológicas, comportamentais e
cognitivo-comportamentais.
Clínica:
Diagnóstico da patologia;
orientação para psicoterapia adequada; intervenção em situações de crise;
aconselhamento do atleta com problemas de droga.
Educacional:
Dar informação sobre processo de crescimento e
desenvolvimento humano do atleta.
Participar numa equipa técnica de apoio ao atleta.
Ensinar métodos de gestão do stress, controle da
atenção e melhoria do desempenho.
Aumento da auto-confiança
Atenção e concentração
Motivação
Relação
treinador-atleta
Sobretreino
Imaginação
e visualização mental
Controlo
da dôr
Coesão
(espírito de equipa)
Façam por serem felizes….
O Psicólogo,
Dr. Francisco
Carvalho
Mais um excelente "depoimento" do staff do ffitness, desculpe Duda, do Sr Dr Francisco Carvalho.
ResponderEliminarPermita-me um pequeno desabafo, estou no intervalo do café.
Isto de termos a cabeça assente nos ombros, é um pouco pesado por vezes e, nada melhor de que de vez em quando "alguém" nos ajude a aliviar o fardo (se é que posso chamar a nossa cabeça de fardo).
É muito habitual o senso comum achar que o psicólogo destina-se apenas e exclusivamente aos "tolinhos, menos afortunados e/ou aos fraquinhos". Nada mais errado segundo a minha humilde opinião!
Diria eu que todos nós no nosso dia-a-dia precisámos de certas muletas para assegurar a nossa sanidade mental e física. De facto, os contratempos e arrelias dos nossos dias põem em causa o funcionamento das exigências mais básicas para o ser humano.
A presença do psicólogo no ginásio, estimula e promove a identificação do sujeito com o exercício reforçando por isso, o compromisso com a actividade física e a nossa auto-estima. Dessa forma o sujeito repete o que é agradável e rejeita o que não é-o exercício tem que ser divertido para quem o faz (caso contrário seria mais uma frustração do que um agrado).
É minha opinião e convicção que o comportamento dos instrutores e psicólogo em particular, decide o desenvolvimento do ambiente no ginásio. É determinante para a "retenção" dos praticantes, de modo a que estes saibam o que estão a fazer e o porquê de se fazer. Com isto tomamos consciência de que exercício/actividade é de facto importante.
Digo muitas vezes aos meus filhos que, nas nossas vidas, seja em que circunstância nos encontrámos, precisámos de todos e que todos são igualmente importantes.
Obrigada Duda pelas suas palavras, eu cá já terminei o café.
Cumprimentos.
Paula Teixeira
Um comentario, com muito sentido cheio de riqueza na base do seu desabafo. Estou de pleno acordo, quando à presenca de alegria na vida desportiva como pessoal.
EliminarTodos sabemos que o periodo que se depara à nossa frente se encontra díficil, mas isso sim muitas vezes utilizado para uma apatia profissional, referindo-me aos empregados, como também no desenrolar do nosso dia-dia.
Numa prespectiva desenvolvimental, as barreiras são para ultrapassar, porque não, com a dificuldade se estrutura recursos para nossa defesa. O ser humano tem essa grande mobilidade cerebral. Vamos em frente.
Responsabilidade, organização, profissionalismo, mas sim disse muito bem Paula ALEGRIA!!!!! Encaremos a vida com olhos de ver sentir o nosso EU!!!!
Muito obrigado Paula pelo seu rico e pertinente comentário.